Saiba mais sobre a profecia de São Malaquias e o que ela diz sobre o último papa, o fim dos tempos e as interpretações espirituais dessa mensagem misteriosa.
Ao longo da história, algumas profecias despertaram tanto fascínio quanto inquietação — e uma das mais enigmáticas é a Profecia de São Malaquias, que supostamente antecipa a sucessão dos papas e até mesmo o fim da Igreja de Roma.
Recentemente, com a morte do Papa Francisco, o interesse por essa profecia voltou com força total. Seria ele o último pontífice da lista? Estaríamos vivendo os tempos descritos por São Malaquias no século XII?
Neste artigo, vamos explorar quem foi esse arcebispo irlandês, o conteúdo e as interpretações de suas misteriosas revelações, além de refletir sobre o que tudo isso pode significar à luz da espiritualidade contemporânea.
Se você também se pergunta o que há de verdade por trás da chamada “Profecia dos Papas”, continue lendo e mergulhe conosco nesse tema que mistura fé, mistério e história.
Quem foi São Malaquias?

São Malaquias, cujo nome original era Máel Máedóc Ua Morgair, nasceu em 1094 na Irlanda e foi um dos mais notáveis líderes religiosos de seu tempo. Reconhecido por sua vida santa e seu espírito reformador, tornou-se arcebispo de Armagh, o mais alto cargo da Igreja Católica na Irlanda.
Ele dedicou sua vida à reforma espiritual e moral do clero e do povo irlandês, enfrentando práticas religiosas desorganizadas e restaurando a disciplina e a devoção cristã em diversas regiões. Sua missão era fortalecer a Igreja na Irlanda em um período de instabilidade e mudanças profundas.
Um homem de fé e milagres
São Malaquias era também conhecido por seus dons espirituais, e muitos relatos descrevem curas milagrosas e uma profunda sensibilidade mística. Seu carisma e compromisso com a fé o tornaram uma figura venerada, tanto por seus contemporâneos quanto pelas gerações seguintes.
Amizade com São Bernardo de Claraval
Durante suas viagens à Europa, São Malaquias estabeleceu uma relação próxima com São Bernardo de Claraval, um dos maiores teólogos da Idade Média. Foi o próprio Bernardo quem escreveu a biografia de Malaquias, exaltando sua santidade, humildade e dons extraordinários.
São Malaquias faleceu em 1148, em Claraval (França), nos braços de seu amigo São Bernardo. Em 1190, foi canonizado pelo Papa Clemente III, tornando-se o primeiro santo irlandês oficialmente reconhecido pela Igreja Católica.
Mas foi muito tempo após sua morte que um manuscrito atribuído a ele traria à tona um dos maiores mistérios da Igreja: a profecia sobre os papas e o fim dos tempos.
O que é a Profecia de São Malaquias?
A chamada Profecia de São Malaquias é uma série de 112 frases curtas em latim, cada uma supostamente descrevendo de forma simbólica os papas que governariam a Igreja Católica desde o século XII até o fim dos tempos.
Segundo a tradição, São Malaquias teria recebido essas visões proféticas durante uma viagem a Roma, por volta de 1139. As frases foram interpretadas como lemas codificados representando os traços, origens ou eventos marcantes de cada pontificado.
Exemplo de alguns lemas:
- “De medietate lunae” (Da metade da lua) – associado ao Papa João Paulo I, que teve um pontificado extremamente curto, de apenas 33 dias (entre duas fases lunares).
- “Pastor angelicus” (Pastor angélico) – interpretado como uma referência ao Papa Pio XII, conhecido por sua espiritualidade profunda.
Essas descrições, muitas vezes enigmáticas, são interpretadas de várias maneiras, sendo vistas como alusões à família do papa, brasões, regiões de origem, ou eventos históricos relacionados ao seu papado.
Quando a profecia veio a público?
Apesar de São Malaquias ter vivido no século XII, a profecia só veio a público quase 450 anos depois, em 1595, quando foi publicada pelo monge beneditino Arnold Wion, em seu livro “Lignum Vitae”. Esse longo intervalo é um dos principais motivos pelos quais muitos estudiosos questionam sua autenticidade.
Ainda assim, a lista atraiu enorme interesse ao longo dos séculos, principalmente por suas coincidências surpreendentes com alguns pontificados, e mais ainda por terminar com um papa descrito como “Petrus Romanus” (Pedro, o Romano) — supostamente, o último antes da destruição de Roma e o Juízo Final.
A Controvérsia — Profecia Autêntica ou Falsificação?
Apesar de sua fama, a Profecia de São Malaquias sempre esteve envolta em suspeitas e controvérsias. A principal questão que divide estudiosos e religiosos é: São Malaquias realmente escreveu essa lista de papas ou ela foi criada séculos depois para servir a interesses da época?
A suspeita de falsificação
O fato mais intrigante é que a profecia só veio a público em 1595, publicada pelo monge beneditino Arnold Wion, no livro Lignum Vitae. Isso aconteceu quase 450 anos após a morte de São Malaquias, o que levanta sérias dúvidas sobre sua origem.
Alguns estudiosos acreditam que a profecia foi produzida ou adaptada nesse período para influenciar o conclave papal ou legitimar a escolha de certos candidatos ao trono de Pedro. Essa teoria se baseia em um detalhe marcante:
Os lemas referentes aos papas anteriores a 1595 são notavelmente precisos, enquanto os que vêm depois disso se tornam mais genéricos e vagos.
Essa mudança de padrão levanta a hipótese de que a profecia foi escrita com base em fatos já ocorridos até o século XVI, tornando as descrições convincentes até esse ponto — mas difíceis de aplicar de forma objetiva aos papas posteriores.
E a posição da Igreja Católica?
A Igreja nunca reconheceu oficialmente a Profecia de São Malaquias como legítima ou inspirada por Deus. Trata-se de um texto não canônico, considerado como literatura apócrifa ou, no mínimo, de autenticidade duvidosa.
Ainda assim, a lista continua sendo estudada, debatida e citada, especialmente em tempos de transição papal ou crises na Igreja, alimentando tanto a curiosidade popular quanto teorias conspiratórias.
O Último Papa e o Fim dos Tempos

Entre todos os 112 lemas da Profecia de São Malaquias, o mais inquietante é o último — aquele que se refere ao papa final, chamado de “Petrus Romanus” (Pedro, o Romano). É ele quem, segundo o texto, governará a Igreja durante um tempo de grandes tribulações, culminando com o Juízo Final.
O que diz exatamente a profecia?
O trecho final, traduzido do latim, afirma:
“Na perseguição final à Santa Igreja Romana, reinará Pedro, o Romano, que alimentará o rebanho entre muitas tribulações; passadas essas, a cidade das sete colinas será destruída, e o juiz terrível julgará o povo. Fim.”
Essa descrição é frequentemente interpretada como uma visão apocalíptica do futuro da Igreja e da humanidade. A menção à “cidade das sete colinas” é comumente entendida como Roma, o que contribui para a ideia de colapso ou transformação profunda da própria Igreja Católica.
Quem seria o último papa?
Segundo a sequência tradicional da profecia, o Papa Francisco seria o 112º da lista — o que leva muitas pessoas a crer que o seu sucessor possa ser esse tal “Pedro, o Romano”.
Contudo, vale destacar que:
- Algumas versões da lista não numeram os papas de forma totalmente clara.
- A identidade de “Petrus Romanus” pode ser simbólica, e não literal.
- Existem divergências entre estudiosos quanto à contagem correta, especialmente por causa dos papas de transição, antipapas e mudanças no papado ao longo dos séculos.
Profecia literal ou metáfora espiritual?
Para muitas tradições espiritualistas e místicas, esse trecho final não deve ser interpretado como uma previsão literal do fim do mundo, mas sim como um alerta simbólico. Pode representar um momento de profunda crise e renovação na espiritualidade global, onde antigas estruturas ruem para dar lugar a uma nova consciência.
O Interesse Atual — Por que Isso Está Sendo Tão Buscado Hoje?
Nos últimos tempos, a Profecia de São Malaquias voltou com força aos holofotes, principalmente devido a acontecimentos recentes envolvendo o papado. A morte do Papa Francisco em abril de 2025 reacendeu discussões sobre o que estaria por vir.
O gatilho das buscas: o fim do 112º papa
Para os que acompanham a profecia, o Papa Francisco seria o último da lista de 112 lemas proféticos. Com seu falecimento, muitos acreditam que o próximo pontífice pode ser o temido “Petrus Romanus”, descrito como o líder da Igreja durante os tempos finais.
Esse cenário provocou:
- Crescimento de conteúdos sobre o tema nas mais diversas redes sociais.
- Reportagens em portais de notícias e sites religiosos.
- Reacendimento de debates sobre o fim dos tempos, especialmente entre cristãos e espiritualistas.
Por que o tema desperta tanto fascínio?
A ideia de uma profecia antiga que aponta para o fim de uma era espiritual ou institucional mexe profundamente com o imaginário coletivo. Em tempos de crises globais, guerras, colapsos ambientais e instabilidades sociais, muitos veem nesses textos uma forma de compreender os sinais do presente.
Além disso, há um interesse crescente por temas espirituais, místicos e apocalípticos — principalmente entre pessoas que buscam respostas fora das visões religiosas tradicionais.
Tendência espiritual do momento: o simbólico acima do literal
Enquanto algumas pessoas interpretam a profecia de maneira literal, outras — especialmente em correntes como o espiritismo e a espiritualidade moderna — enxergam nela um símbolo de renovação, transição e despertar coletivo.
Ou seja, em vez de temer o “fim do mundo”, muitos preferem ver esses sinais como um chamado à transformação interior e à construção de um novo ciclo planetário.
Visão Espírita e Espiritualista Sobre as Profecias
No espiritismo e em diversas correntes espiritualistas, as profecias são vistas sob um olhar mais simbólico e evolutivo, e não necessariamente como previsões fixas ou deterministas. A Profecia de São Malaquias, nesse contexto, é interpretada como uma possível representação do processo de transição planetária e despertar de consciência.
O livre-arbítrio e o futuro em aberto
De acordo com a doutrina espírita, o futuro não está rigidamente determinado. O livre-arbítrio é uma lei divina que rege nossas escolhas individuais e coletivas. Assim, mesmo diante de previsões antigas, o que realmente importa é como a humanidade decide agir e se transformar no presente.
Nesse sentido, profecias como a de Malaquias podem ser compreendidas como advertências simbólicas ou reflexos das energias que estavam sendo captadas em determinado momento histórico — e que ainda podem ser modificadas conforme nosso nível de consciência se eleva.
Um tempo de grandes mudanças espirituais
Muitos espiritualistas entendem a figura de “Petrus Romanus” não como um indivíduo literal, mas como a personificação do velho ciclo da fé institucionalizada, que dá lugar a uma nova etapa de religiosidade mais livre, interior e universal.
Essas interpretações dialogam com a ideia de que estamos vivendo um período de transição planetária, onde estruturas antigas estão ruindo para abrir espaço a novas formas de pensar, sentir e se conectar com o divino.
Profecia como espelho da alma coletiva
Para o olhar espiritualista, as profecias funcionam como espelhos da alma coletiva, trazendo à tona os medos, esperanças e desafios de uma época. O fim dos tempos, portanto, não é necessariamente um apocalipse externo, mas pode representar o fim de velhos padrões e o nascimento de uma nova consciência espiritual.
Perguntas Frequentes (FAQ)
São Malaquias realmente escreveu essa profecia?
Não há provas históricas conclusivas de que a Profecia dos Papas tenha sido escrita por São Malaquias. O manuscrito só foi publicado mais de 400 anos após sua morte, o que levanta dúvidas sobre sua autenticidade. Muitos estudiosos acreditam que o texto pode ter sido forjado ou adaptado no século XVI.
A Igreja Católica reconhece a Profecia de São Malaquias?
Não. A Igreja nunca reconheceu oficialmente essa profecia como válida ou inspirada divinamente. Ela é considerada apócrifa e não faz parte dos ensinamentos oficiais da Igreja.
O Papa Francisco foi o último da profecia?
De acordo com a contagem tradicional da profecia, sim — ele seria o 112º papa descrito na lista. O sucessor dele, segundo o texto, seria “Petrus Romanus”, o último pontífice antes do Juízo Final. No entanto, essa interpretação varia, e a contagem dos papas pode ter diferentes leituras.
Quem é “Petrus Romanus”?
Na profecia, Petrus Romanus (Pedro, o Romano) seria o último papa, que lideraria a Igreja durante um período de grande tribulação. Não se sabe se esse nome se refere a uma figura literal, simbólica ou institucional. Muitas correntes espiritualistas o veem como um arquétipo, e não uma pessoa real.
O espiritismo acredita em profecias como essa?
O espiritismo valoriza o livre-arbítrio e entende o futuro como algo em constante construção. Profecias podem ser interpretadas como advertências simbólicas e reflexões sobre tendências coletivas, mas não como determinações imutáveis.
Conclusão — Profecia ou Advertência?

A Profecia de São Malaquias continua despertando questionamentos séculos após sua origem. Seja como um texto simbólico, uma previsão velada ou até mesmo uma construção histórica posterior, o fato é que ela nos convida a refletir sobre o nosso momento atual — individual e coletivamente.
Para alguns, trata-se de um aviso literal sobre o fim de uma era. Para outros, é uma metáfora poderosa sobre transições espirituais, que nos fala mais sobre transformação interna do que sobre catástrofes externas.
Independentemente da interpretação, uma verdade se impõe: o mundo está em mudança, e isso exige de nós um novo olhar, mais consciente, ético e espiritualizado. A profecia pode ser lida como um chamado à vigilância, ao despertar e à responsabilidade espiritual.
Que cada um de nós, ao olhar para os sinais do tempo, possa também voltar-se para dentro e perguntar:
Estou vivendo de acordo com a minha consciência mais elevada? Estou preparado para os novos ciclos que se anunciam?
Na dúvida entre destino e escolha, o mais importante é lembrar que nossa vibração presente constrói o futuro — e isso está, sim, em nossas mãos.
Próximos passos
Se você chegou até aqui, é sinal de que busca compreender os mistérios que envolvem o mundo espiritual e as mensagens que, ao longo do tempo, nos foram deixadas. A Profecia de São Malaquias é apenas uma entre tantas formas simbólicas de refletirmos sobre os ciclos da humanidade e o papel que cada um de nós desempenha nesse processo.
Gostou deste conteúdo? Então compartilhe com quem também se interessa por espiritualidade, profecias e a jornada de evolução da alma.
Deixe nos comentários a sua opinião: você acredita que estamos vivendo o “fim de um ciclo”?
Lembre-se: o futuro é moldado a partir das vibrações que escolhemos cultivar hoje.

Conheça Clô Flor, uma entusiasta em conexão espiritual, que guia pessoas em suas jornadas de autoconhecimento e equilíbrio. Por meio de práticas que fortalecem a relação com o sagrado e o universo, ela inspira e apoia aqueles que buscam sentido, paz e harmonia em suas vidas.